Guia do Consumidor

Leia o rótulo

Para ter a certeza de que um produto embalado é de agricultura biológica veja se contém no rótulo (à frente ou atrás) uma das duas formas de apresentar a indicação obrigatória de controlo pelo organismo de certificação:

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Além da indicação obrigatória, cada vez mais produtos e produtores usam também este símbolo:

Este é o logótipo europeu que permite ao consumidor identificar os produtos biológicos de uma forma mais eficiente. Não é ainda obrigatório mas quando está no rótulo é também uma garantia da origem dos produtos.

E atenção: pode também encontrar nas embalagens outros logótipos relacionados com a agricultura biológica, como o da marca PORTUGALBIO apresentado abaixo, que no entanto não substituem nem dispensam a indicação de controlo e certificação indicada acima, complementado eventualmente pelo logótipo europeu.

Se está a comprar produtos não embalados, para ter a certeza de que são de agricultura biológica, confirme que o vendedor tem o documento obrigatório do organismo de certificação que lhe permite vender os produtos.

Portugal Bio

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A marca PORTUGALBIO indica produtos de agricultura biológica produzidos ou transformados em Portugal. Além da garantia adicional de que estes produtos cumprem todas as exigências do Regulamento Europeu em vigor, indica também uma maior proximidade ao produtor.

E isto significa para o consumidor que houve menos gasto de energia no transporte, menos emissões de CO2, menos impacto nas alterações climáticas, mais preservação da biodiversidade e do ambiente. A marca PortugalBio apoia a agricultura biológica portuguesa e o futuro do planeta.

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Os produtos bio são bons para o futuro do planeta

“...a consciência dos prejuízos ambientais irreversíveis resultantes de práticas que provocaram a poluição do solo e das águas, a depauperação de recursos naturais e a destruição de ecossistemas frágeis, levaram a opinião pública a exigir uma atitude mais responsável relativamente ao património natural comum. Neste contexto a agricultura biológica (...) surge como um sistema de exploração, não só capaz de produzir alimentos sãos, mas também respeitador do ambiente.”

in site da Comissão Europeia sobre a agricultura biológica.

Que ligação há entre aquilo que comemos hoje e o futuro do planeta? Uma profunda e cada vez mais nítida ligação que é também uma das razões porque muitos consumidores optam por produtos bio. A preservação da biodiversidade e a resistência às trágicas mudanças climáticas passam também pelo nosso prato. Os dados e os números falam por si.

A biodiversidade pode ser preservada

A actividade humana e a exploração massiva dos recursos naturais estão a provocar uma extinção sem precedentes de espécies do nosso planeta, a destruir ecosistemas insubstituíveis e a ameaçar o nosso próprio bem-estar.

Mas o futuro da humanidade depende da existência de ecosistemas saudáveis o que levou a União Europeia e outros países a assumirem o compromisso de estancar a perda da biodiversidade na Terra até 2010.

É a iniciativa “Countdown 2010 – salvar a biodiversidade”, que nos envolve a todos. A agricultura biológica assenta integralmente nos princípios de preservação da biodiversidade. Cada agricultor que trabalha em modo de produção biológico está a contribuir para o fortalecimento da biodiversidade. Cada consumidor que opta por produtos bio está também a apoiar a biodiversidade.

O aquecimento global pode ser travado

É hoje evidente que o aquecimento global do planeta e as alterações climáticas são provocados, acima de tudo, pela massiva produção dos chamados gases com efeito de estufa que são expelidos para a atmosfera. São sobretudo o Dióxido de Carbono (CO2) o Metano e o Óxido de Azoto.

Esta produção massiva e excessiva de gases tem como primeira causa o consumo de combustíveis – nos transportes mas também, por exemplo, na produção de fertilizantes sintéticos – e a ela se junta a utilização de adubos na agricultura convencional, entre outros campeões da poluição atmosférica.

Os produtos da agricultura biológica consomem em média menos 30% de energia do que os convencionais, acima de tudo por não utilizarem fertilizantes. E os solos em agricultura biológica absorvem mais gases e contribuem duplamente para o equilíbrio ambiental.

Uma economia mais equilibrada

Na produção biológica os agricultores utilizam actualmente técnicas muito avançadas, com excelente rendimento, e ao mesmo tempo contribuem para o equilíbrio dos ecossistemas e para reduzir a poluição. Estão, dessa forma, a preservar o nosso futuro.

Valores tão essenciais como respeitar os ciclos da natureza, a capacidade de produção dos solos, o bem-estar dos animais, não são incompatíveis com uma produção equilibrada e rentável. Pelo contrário, a agricultura biológica está a desenvolver-se a um ritmo admirável e com ela diminui a desertificação do interior em toda a Europa e cresce a economia e a coesão social das zonas rurais.

Consumir produtos biológicos é hoje, também, apoiar a protecção do ambiente, a biodiversidade, a preservação dos recursos naturais, o desenvolvimento sustentável. E é também apoiar uma actividade em grande expansão que cria emprego para muitos jovens, que cria riqueza sem destruir o que é de todos. Faz parte de uma forma de estar no mundo mais responsável, solidária, justa e criativa. Estamos a preservar o nosso futuro e, acima de tudo, a apoiar e a preservar o futuro dos nosso filhos.

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Um sector a crescer

A Comissão Europeia aprovou em 2004 um “Plano de Acção Europeu para a Alimentação e a Agricultura Biológica” com o objectivo de dar um impulso ainda maior ao sector que tem registado “um crescimento espectacular” nos últimos 15 anos.

Em 2005, segundo dados do Eurostat publicados em 2007, tinham aderido à agricultura biológica 182 mil operadores dos quais 157 mil (ca. 85%) eram produtores que representavam já, nos 25 Estados-Membro, 4% das explorações agrícolas existentes, abrangendo cerca de 6,2 milhões de hectares, ou seja, 6% da superfície agrícola utilizada. Também o Governo Português, em consonância com a UE, aposta no desenvolvimento da agricultura biológica.

A “Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável - 2015” aprovada em 2007, reafirma a importância da agricultura biológica e pretende estender a superfície agrícola utilizada em agricultura biológica dos 3,2% que ocupava em 2003, para 10% em 2013. Em Portugal, além das lojas, mercados e pontos de venda especializados que um pouco por todo o país têm vindo a multiplicar-se, também nas grandes superfícies crescem os produtos da agricultura biológica – vegetais e fruta, carnes e enchidos, pão, massas e lacticínios, azeites e vinhos etc. – numa evidente atenção às exigências de cada vez mais consumidores.

"Pessoalmente, atribuo muita importância ao sector da agricultura biológica, uma vez que os produtos biológicos representam uma escolha importante nas sociedades modernas, não só para os agricultores como para os consumidores. O papel da agricultura biológica enquanto fornecedora de bens de utilidade pública é conhecido, principalmente em termos de protecção do ambiente e do bem-estar dos animais. Além disso, o apoio à agricultura biológica e ao modo de produção biológica oferece um grande potencial em termos de criação de empregos e de crescimento económico nas comunidades rurais, em benefício dos agricultores e da sociedade em geral. Em Portugal, o sector biológico registou um crescimento impressionante nos últimos três anos. Estou convicto de que esse crescimento continuará, uma vez que o interesse dos consumidores neste método de produção não deixa de aumentar."

Mariann Fischer Boel
Comissária Europeia para a Agricultura e Desenvolvimento Rural
Depoimento para a Semana Bio

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Na União Europeia e no mundo

[em construção – tentaremos ser breves]